quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Meu apreço pelas rodas




Palavras querem dar as mãos. Ainda não enxergo a real intenção dessa roda que começa agora a ter forma, mas que ainda não informa o seu porquê. Talvez seja uma necessidade de brincar de ciranda, onde eu possa contar pelo canto e pela dança minhas ingenuidades acerca desse mundo adulto, que não passa de um grande insulto para minha natureza. Com a roda continuo de acordo com a minha essência infantil e as minhas linhas ficam em perfeita fluidez, o que faz maior sentido, afinal de contas é dessa forma que me mantenho saudável dentro desse mundo que não sei como, era redondo, e agora é quadrado. Como viver bem entre linhas que quebram? Por isso prefiro o fluxo do contínuo das rodas possíveis. E porque não das impossíveis também? Não é para isso que serve a imaginação? Sorrio com meus rodopios e todas as minhas formas de roda, reais ou não.

Foto: Marco Massieri

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