domingo, 21 de setembro de 2008

Seis da manhã




Há excesso de consciência
enquanto busco a escassez.
Dou goles que me engolem...
Será que os santos desistiram de vez?
Não sei. No espelho apenas palidez.
Desço através de tropeços,
e lá embaixo pergunto-me:
Enquanto eu descia o que a escada fez?
Apenas existiu. Mas a existência não me basta.
E as conseqüências dessa insatisfação
não me gasta, não me arrasta, não me afasta...
das 6:00... Já manhã?!?!?!?!
Pois é, passei pela madrugada.


Ilustração: Marcel Duchamp - Nu Descendo a Escada, 1912.

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