terça-feira, 6 de novembro de 2007

Arames farpados ou um peão de xadrez




Per
segue.
Não percebe
a distância
que os anos criaram.
Já não são metros,
e sim quilômetros.
Neles os enganos
e a falta de planos
derramaram na pista cinza
poças vermelhas
de sangue.
E não adiantou
a paisagem ser linda,
já que ainda não era dia.
E no breu não se sabe onde
estão os arames que protegem cortando
os que passam vagando até a noite cansar.
E o cansaço só vem com o sol chegando no horizonte devagar.


Foto: João Reis

Nenhum comentário: