terça-feira, 13 de abril de 2010

mundo




o mundo esgota
gota por gota
do fundo para a crosta
das nuvens para as pessoas

o mundo enjoa
de privada em privada
sopas reviradas
pelas bocas em desgraça

o mundo adoece
febre após febre
a pele desbota
a morte é cor da neve

o mundo morre
pulmão por pulmão
sorte dele ser
independente da civilização


Foto: Rui Miguel Pereira

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei da poesia. Muito bonito e parece-me, sincera.