Sempre me interesso pelo avesso. Aprecio a costura, as linhas, os nós e as estampas ao contrário. Como está na vitrine é óbvio demais. Mas os olhos te todos os passantes, inclusive os meus, captam e logo consomem. Tornou-se tão banal esse processo. É a banalidade do consumo no qual o porquê e o pra quê nunca estão presentes. Hoje é difícil consumir sem se auto-sucumbir para tornar-se o que está do outro lado do vidro ou no folheto de anúncios. E isso de maneira nenhuma é uma mera crítica. É de fato uma autocrítica. Linhas gastas especialmente para mim. Linhas essas no sentido amplo da palavra. Admito encontrar nós, costuras erradas e excesso de linhas de vez em quando. Mas é tudo culpa minha. É quando consumo sem atentar nos avessos que tanto me interessam. Não se deve nunca perder os reais interesses de vista.
Foto: WEB.
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