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Os poucos que são muitos
Era um rio com um fio de água e devagar. Na verdade um riacho. Não havia nele nenhuma perspectiva de desaguar. Mas no percurso, perdeu-se do curso. Correu por outras terras. Novas fontes e águas. O riacho encorpou-se. Agora, de verdade um rio, prestes a desaguar no mar. Na verdade oceano. O muito é invadido pelo pouco. Na verdade o pouco também é muito. Então até o muito se torna muito, mas muito maior. E assim poucos e muitos vão gerando outros muitos. Muitos... Obra:
Renoir
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