sábado, 16 de maio de 2009

do-dói




O corpo dói. A mente também. Com isso os dias doem e eu me nego, a princípio, aos analgésicos. Mas como? No desespero tomo. Remédios, como o próprio nome sugere, apenas remediam. Um grande engano para meu desanimo de igual tamanho. Se fosse um engano menor, não enganaria o suficiente. Tenho a certeza de estar bem e saio. A chuva fina causada pela frente fria é o que encontro. O que me leva logo a reencontrar com a tosse e o cansaço. O casaco não me cobre o bastante. Tento disfarçar a minha mente enquanto volto para casa. E na proteção das paredes e do cobertor concluo que ao me enganar nunca me protejo. Apenas torno-me mais vulnerável.

Ilustração: Anúncio do Bromil - 1937 - Orestes Acquarone

Nenhum comentário: